quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Família Imperial tinha muita ligação com a igreja de Nossa Senhora da Glória

Todos os anos, Seu Roberto Scofano, de 65 anos, cumpre o mesmo ritual. No dia do seu aniversário, vai com a família à festa em homenagem à Nossa Senhora da Glória no Outeiro. Morador do bairro há 60 anos, ele se orgulha de comemorar mais um ano de vida no dia consagrado à santa: 15 de outubro, também data da Assunção de Nossa Senhora, a subida da Mãe de Jesus aos céus, segundo a tradição católica.

— É o dia mais bonito do mês. Sinto muita emoção aqui. Nossa Senhora é força, família e amor — declara Roberto, que agradece os 37 anos de união feliz com a mulher, Marlene e a bênção de ter três filhos e duas netas.

Dona Maria da Glória Rebelo, de 54 anos, também comemora a graça de ter nascido no dia dedicado à Nossa Senhora com a família na igreja:

— Peço saúde e paz para a família. Em todos os momentos de aflição, Nossa Senhora me atendeu.

Ontem, foram realizadas várias missas e procissão pelas ruas da Glória, às 16h30. Além de uma celebração de fé, a festa da padroeira é uma aula de história. O museu com exposição de 200 peças — muitas do tempo do Império — lembrava a história da igreja, que começou em 1671, quando foi fundada na forma de uma simples capelinha. Em 1739, a Igreja Nossa Senhora da Glória do Outeiro foi inaugurada, em uma transição do estilo rococó e neoclássico. O monumento sediou importantes momentos da história brasileira, como o batismo de Dom Pedro II.